14 de abr. de 2011

Waking Life (Despertar da vida)


O filme de 2001 do diretor Richard Linklater tem como ponto de foco a dúvida do personagem sobre a questão existencial. O longa questiona como a vida real pode ser diferenciada daquela que existe nos sonhos e como podemos identificar e separar o real do imaginário.

Situações e circunstâncias que costumam acontecer em sonhos foram reproduzidas no filme, o que faz com que o público se identifique e se interesse mais pelo assunto. O enredo do filme caminha então para o sonho lúcido, que é quando quem está sonhando consegue controlar seus atos no próprio sonho.
Pelo filme ser de animação dá uma certa leveza a mas na verdade antes de ser animação foi filmado por atores reais pra daí sim ser entregue ao animador Bob Sabiston e mais uma equipe de 30 desenhistas que levaram 250 horas para terminar o trabalho artístico feito com o auxílio do computador.
O filme conta a história de um jovem que vive sua vida dentro de um sonho e quando acorda está dentro de outro e assim repetidamente. Nesse mundo irreal/real o personagem conhece muitas pessoas reais/irreais com quem tem conversas complexas, todas elas com uma contribuição filosófica, religiosa ou espiritual a dar. Conversam sobre os estados da consciência humana, tem discussões filosóficas, globais, religiosas, etc. Ao longo do filme essas discussões o fazem conseguir entender melhor a sua existência.
No filme, o roteiro é completamente não linear e contém diversos pontos de vista. É um verdadeiro “mindblow”, como são chamados os filmes que fazem o público se confundir e refletir sobre suas questões, que discute sobre assuntos complexos e profundos de uma forma sutil.
Recebeu três indicações ao Independent Spirit Awards, uma indicação ao Prêmio Adoro Cinema e ganhou os prêmios: Cinema do Futuro e Lanterna Mágica no Festival de Veneza.


Gabriela Capanema :: Laboratório de Comunicação 2011.1

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