Rio é uma animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha que tem como personagem principal Blu, uma arara azul que é brevemente apresentada na introdução do filme como uma arara que sequer saber voar, cai de seu ninho acidentalmente e acaba capturada por contrabandistas de aves e levada para o gelado estado de Minnesota nos Estados Unidos. Porém, o que poderia se tornar uma história chata de uma ave num lugar gelado querendo voltar pra casa, se transforma na história de uma ave satisfeita com o conforto do gelado lugar, e tranquila com mútua dependência com sua dona, Linda, uma jovem “nerd” e “independente” que vive com Blu há quatorze anos e não tem espaço para um relacionamento e nem pra ensinar sua arara a voar.
Contudo, num primeiro ponto de virada, Tulio, um outro “nerd” apaixonado por aves, chega em Minnesota e abala as vidas de Linda e Blu, fazendo uma proposta que não demorou a ser aceita: para ambos irem até o Rio de Janeiro para que Blu acasale com a única fêmea da espécie.
Assim que chegam ao Rio, o filme mostra a que veio: a forma deslumbrante da cidade. E nisso nos são apresentados alguns personagens secundários, Pedro e Nico, os passáros que representam os “malandros cariocas”.
Depois de conhecer Jade, a única arara fêmea da espécie de Blu, nos é mostrado o conflito principal do filme: contrabandistas sequestram Blu e Jade e em pouco tempo eles estão presos em uma gaiola, onde são torturados pelo vilão do filme, uma cacatua chamada Nigel, que comanda até seu dono aparecer.
Durante toda a tentativa de Blu afim de resolver o conflito central do filme, voltar para sua casa e sua dona, a cidade do Rio de Janeiro e suas paisagens - transformadas em animações - são mostradas para atrair a atenção do espectador, junto a outros personagens, como Luiz, Rafael, e os macacos ladrões, que dão o ar cômico a animação.
O desfecho e a resolução do conflito terminam em samba, no perfeito amor entre as araras e suas versões humanas (Tulio e Linda) e em coloridas e lindas aves cantarolando soltas na paradisíaca cidade do Rio de Janeiro, o que é normal, visto que é um filme feito para a família e “passado” no Brasil.
O filme transmite todos aqueles esteriótipos que estamos acostumados a ver sobre o Rio de Janeiro, mas isso numa animação dirigida por um brasileiro, é algo para se celebrar.
Pedro Victor Rosa Drago :: Laboratório de Comunicação 2011.1
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