14 de jun. de 2011

Análise Crítica - Filme:Cisne Negro



Título original: (Black Swan)

Lançamento: 2010 (EUA)

Direção: Darren Aronofsky

Atores: Natalie Portman


O filme é apresentado com uma intensidade psicológica,basicamente um pesadelo,transformando completamente a vida da bailarina Nina(Natalie Portman),em um terror.A trama gira ao redor de Nina,quando ela é convidada a interpretar o papel principal da peça de teatro ‘Cisne Negro’. A personagem é uma menina tímida e sem amigos,onde vive apenas para a dança,porém sempre muito limitada a superproteção de sua mãe,onde já demostrava traços psicóticos,trancada em um apartamento e desejo de posse com sua filha e frustação,Nina começa a perceber que vive em função de sua mãe e seus caprichos. Ela,também muito pressionada por seu coreógrafo,em sempre se destacar em meio as outras meninas de sua companhia de balé,afirmava que ela precisava estar preparada para a oportunidade,percebe então, que necessita ser o máximo competente para interpretar simultaneamente dois papeis de uma única vez,o cisne branco(a pureza,bondade) e o negro(sensualidade e inveja). Existe a dualidade do eu interno e externo,próprio com a apreciação da obra do balé.A construção deste personagem não acontece de forma clara,na sua dualidade não há mudanças de personalidade,Nina não encerra um ciclo em sua vida e começa outro,longe disso,ela é uma mulher em plena ‘sanidade’,porém na sua busca pela perfeição a leva para a obsessão do papel e ,não consegue discernir o que realidade e sonho.Muitas vezes,tinha distúrbio alimentar,delírios e autoflagelação. O papel de Cisne Negro lhe é apresentado sobrepondo-se em sua vida,onde sua sensualidade e força afloram .Sua metamorfose acontece em estágios,elas são físicas,mentais,reais ou imaginativas,nisto leva a personagem á conflitos de seu mais profundo interior,onde percebe que ao mesmo tempo ela poderia ser doce e maliciosa.Começa a sentir-se cada vez mais próxima do seu personagem,quando seus sonhos são cada vez mais reais,ela entra em um verdadeiro espiral autodestrutivo onde,Nina passa a ter medo da própria sombra,porém ela aprecia sua loucura e momentos de sensatez,quando está ao palco e não consegue ser apenas a Nina comum,e com isso,se feria em sua busca obsessiva pela perfeição do papel,e superar seus limites e principalmente ser ousada,deixar de ser uma menina frágil e libertar completamente seu lado promiscuo e ambicioso. As ultimas conseqüências de sua obsessão,é sua morte para dar a vida ao seu real personagem,no caso quem é seu maior inimigo,é ela mesma.Nina no ato final crê que matou sua amiga e rival,e dança com prazer sem o sentimento de culpa,mas quando sai de seu delírio,percebe em uma cena principal que ela não matou sua amiga,e sim enfiou o vidro no espelho com seu próprio reflexo,daí a loucura toma seu devido e real lugar,ela dança com perfeição .Para muitos,o artista é trágico por definição,ela precisava dar sentido á sua metamorfose,ela estava ali apenas para seu papel,um meio para seu fim.



Alunas: Bárbara Porto

Ana Stefana Lisboa

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