13 de abr. de 2011

Up - Altas Aventuras (Introdução do personagem central)

O Filme “Up - Altas Aventuras” assim como a maioria dos longas animados, produzidos pela Disney Pixar, tem como um público-alvo crianças, mas é cada vez mais notória a presença de pequenas tramas durante os filmes de animação que apenas uma pessoa de certa idade seria capaz de compreender, dando uma nova dimensão de possíveis espectadores de filmes desse gênero.

“Up - Altas Aventuras” se resume em uma história simples de um idoso, aparentemente mal humorado, que mora sozinho e que acidentalmente, ao tentar realizar o sonho de vida de sua falecida esposa acaba envolvendo uma criança tagarela no meio de toda a aventura. Esse roteiro chegou a ser questionado devido os paradigmas de que um solitário e triste idoso não poderia despertar o interesse das crianças para assistirem a animação.

O Filme abusa de um recurso recorrente em filmes desse tipo, a falta de realidade, que permite ao autor e principalmente a seus espectadores a possibilidade de usar a imaginação para inventar e acreditar nas propostas do longa, como uma casa que viaja pelo céu com a ajuda de balões, cachorros que falam através de uma coleira que “traduz” seus latidos para diversos idiomas, entre outros.

Mas o que chama atenção nessa animação, especificamente, são os tais dramas “sérios” que acabam servindo de ponte para o uso da fantasia, no caso do “Up” eles estão presente principalmente na primeira sequencia do filme, onde é contada toda a história do velhinho (Carl Fredericksen) e sua esposa em apenas 11 min. 40seg., desde o primeiro encontro do futuro casal, ainda quando crianças até seu casamento e a morte de Ellie (esposa do mal humorado senhor quem tem uma pequena participação, porém com a função de apresentar as características construir os objetivos do personagem principal). Tudo isso sem a utilização de falas. Abusando de uma trilha sonora muito bem produzida, que oscila de acordo com a particularidade do drama de cada pequena cena. A trilha sonora chegou a ganhar um Oscar de “Melhor Trilha Sonora Original”.

Essa espécie de introdução do personagem central do filme resume de forma simples e coesa, quase que despretensiosa, a apresentação do personagem central, dando sentido ao seu modo de ser, e seu objetivo principal durante todo o filme, de forma que o público se sensibilize e embarque numa aventura surreal.




Felipe Ribeiro de Siqueira - Laboratório de Comunicação (UVA)

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