Mercedes tem 40 anos e está casada com Gustavo (José Mayer) há mais de 20. É mãe de dois meninos. Trabalha como professora particular de matemática, o que a permite ter mais flexibilidade de horários e mais tempo livre pra se dedicar à pintura, sua grande paixão. Somando tudo isso, leva uma vida aparentemente feliz, mas por dentro, algo a incomoda, certa angústia, invisível, que não chama a atenção e também não se explica. Esse turbilhão pode ter algo a ver com a chegada da meia idade e seus efeitos no universo feminino, como a proximidade da menopausa, as neuroses com a vaidade, o afastamento dos filhos e a própria noção de finitude.
Tentando resolver sua vida, juntamente com uma pitada de curiosidade, Mercedes procura um psicanalista. Por nunca ter tido essa experiência antes, supõe que terá uma resolução milagrosa para todos os seus problemas. Ao deitar no objeto que intitula o filme, ela solta a língua tentando se conhecer melhor e consequentemente resolver seus problemas. Contudo, o que começa como curiosidade, vira uma experiência conturbada que causa mudanças em seu cotidiano.
No divã, a protagonista começa a questionar seu casamento, sua vida profissional e até a essência feminina: seu poder de sedução. A melhor amiga Mônica, a companheira de todos os momentos, vê de perto a transformação de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas, apesar de nem sempre concordar com suas escolhas. Uma mulher que era (aparentemente) feliz e bem resolvida embarca em uma aventura para domar suas inseguranças e alcançar o que realmente quer.
Juliana Costa :: Laboratório de Comunicação 2011.1
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