15 de jun. de 2011

Análise do Filme - Eduardo e Mônica



Ao som de um grande sucesso da década de 80, do grupo Legião Urbana, momentos marcantes da vida de um jovem casal são exibidos na nova campanha publicitária da operadora de telefonia móvel, Vivo. O curta-metragem dirigido Nando Olival conta momentos da vida de dois jovens que se encontram de maneira inesperada e após certo tempo iniciam um relacionamento amoroso.

O filme conta a história de Eduardo e Mônica, jovens pertencentes à mesma cidade, porém, inseridos em ambientes sociais distintos. As diferenças social e cultural são evidentes e apontadas ao longo da narrativa. Assim como na música que deu origem ao filme, a trilha ilustra a história do casal desde o encontro casual em que se conheceram, a evolução do sentimento de ambos e o desfecho, o romance, numa mistura de pontos essenciais e outros que complementam o desenrolar do conto obedecendo a ordem cronológica dos fatos.

O encontro dos personagens pode ser destacado com uma das cenas essenciais do filme, a maneira como o entrelace entre o casal acontece e a cena que Eduardo passa no vestibular. Tais momentos são fundamentais para o entendimento e desenvolvimento da trama de maneira que a ausência de uma das cenas modificaria a percepção da história por parte do receptor. Cenas que mostram viradas de rumo de narrativa e mudança de atmosfera da trama caracterizam de forma contundente os exemplos supracitados.

No que tange as cenas acessórias, pode-se apontar o momento em que as diferenças entre eles são destacadas, como gostos pessoais, maturidade emocional, laços familiares e até opiniões culturais. Retirá-las da narrativa pode não comprometer a história, mas faria com que a mesma perca boa parte dos elementos que floreiam e enriquecem o conteúdo.

Apesar de cada momento da música – e portanto, do filme – obter em tese uma importância significativa, o destaque para as cenas descartáveis pode ser visto na cena em que o casal pinta a casa ao mesmo tempo em que embalam seus filhos nos carrinhos de criança. A cena compõe a história de maneira satisfatória, porém não compromete o enredo da mesma caso fosse retirada do contexto da exibição.

Numa determinada ótica, as cenas descartáveis possuem o mesmo papel que as cenas acessórias, se não fossem única e exclusivamente pelo caráter de relevância dentro de qualquer trama. No filme em questão, as cenas descartáveis podem ser vistas também nos momentos de yoga de Mônica, onde um take de longa duração – se comparado ao verso da música – foi utilizado para demonstrar tal passagem na música.




Universidade Veiga de Almeida
Comunicação Social
Laboratório de Comunicação - Érica Ribeiro

Alunos: Carlos Eduardo Cardoso
Wendell Carmona

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