15 de jun. de 2011

BELEZA AMERICANA



O cinquentão Lester Burnham (Kevin Spacey, espetacular) está passando por uma violenta crise de meia-idade. Sua vida afetiva é horrorosa, casado com Carolyn, uma corretora fracassada (Annette Benning) de caráter vulgar, preocupada apenas em manter as aparências. E uma filha adolescente Jane (Tora Birch) e, como quase todos os adolescentes, chata e emburrada, que odeia os pais.

Para piorar as coisas, no escritório onde trabalha, Lester é pressionado a treinar os “meninos de ouro” da empresa. Vendo que estão preparando uma armadilha para se livrar dele, ele, em vez de passar as informações aos novos funcionários, resolve pedir demissão, não sem antes chantagear seus patrões para arrancar uma boa grana deles.

A única alegria que ele tem na vida é ver a amiga de sua filha, a linda e despojada Angela Hayes (Mena Suvari), que freqüenta sua casa. Ele se masturba com freqüência pensando nela. Um belo dia ele ouve, escondido atrás da porta que Ângela o considera bonitão, e que “daria para ele se ele malhasse um pouco” (Primeiro ponto de virada). Aí o homem começa a malhar diariamente na sua garagem, fumando a maconha que compra do vizinho. Enquanto isso, sua mulher o trai com um outro profissional da área de corretagem de imóveis..(Desenvolvimento da História)

Quase todos os personagens, inclusive os mais bem-sucedidos financeiramente, vivem uma existência medíocre. Aliás, as duas únicas belas almas do filme são exatamente Lester e Ângela, os únicos que procuram um sentido maior para a vida. Quando Lester finalmente a pega, trêmula, nos braços, ela diz que morre de medo de se sentir vulgar, e ele diz que ela é a coisa mais linda que ele já viu na vida. (Clímax)

Há cenas impagáveis, como aquela em que ele, trabalhando em uma lanchonete fast-food, pega sua mulher agarrada com outro dentro do carro (novo ponto de virada). Ela morre de vergonha mas o marido não dá a mínima, pois sabe que, a partir daquele momento, não precisaria mais dar satisfação de seus atos ninguém. Ou quando o vizinho, militar aposentado e tão machista a ponto de espancar o filho por suspeitar que este seja homossexual, revela sua tendência ao tentar agarrar Lester. Após essa cena ele tem a chance de poder se deitar com Angela, mas na hora ele se recusa. Logo após, ele assassinado pelo seu vizinho (desfecho).

Esta obra mostra a realidade americana de hoje, com todos os seus personagens cínicos e amorais. Especialmente após os atentados de 2001, posteriores, portanto, à produção do filme. É uma sociedade em que se fala muito a favor do amor , da justiça e da igualdade. O que predomina, no entanto, é a inveja, a ganância o ódio e a violência. É uma pena que existam poucos filmes assim.

O filme foi premiado com o Oscar de melhor direção em 2000, além dos de melhor filme, melhor ator, melhor fotografia e melhor roteiro.

Alunos: Bruno Bauzer, Gustavo Saraiva
Turma: 1COM33A, 1COM3B

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